Qual deveria ser nossa atitude diante do sofrimento e das mortes que os animais que vivem na natureza padecem em decorrência de processos naturais? Deveríamos deixar a natureza seguir o seu curso? Deveríamos intervir visando alcançar metas ambientalistas (por exemplo, a preservação de espécies ou o equilíbrio ecológico) e fomentar interesses humanos (por exemplo, vacinar tais animais com vistas a prevenir o contágio de humanos)? Ou, deveríamos prevenir/minimizar tais danos por preocupação com o próprio bem dos animais afetados? A tese a seguir, escrita por Luciano Carlos Cunha, defende que existem fortes razões para prevenirmos/minimizarmos tais danos por preocupação com o próprio bem dos animais toda fez que fazê-lo tiver melhores consequências do que não fazê-lo, e também para aumentarmos nossa gama de intervenções seguras e eficientes ao longo do tempo. Defende também que, dada a gigantesca magnitude de dano envolvida, tal problema deveria receber grande atenção.