Por vezes é alegado que a experimentação animal é contraditória: por um lado os animais são usados porque são como nós e, por outro, os experimentos são justificados alegando-se que os animais não são como nós. Entretanto, um defensor da experimentação animal poderia responder apontando que o mesmo vale para os métodos substitutivos ao uso de animais: são suficientemente parecidos conosco para que os resultados sejam confiáveis e ao mesmo tempo é justificado usá-los porque eles não são como nós. O texto a seguir defende que o problema de ambos os argumentos é não distinguir entre semelhanças fisiológicas e semelhanças nas propriedades moralmente relevantes. Levando em conta essa distinção, é possível explicar por que há fortes razões para se rejeitar a experimentação animal e para se defender o uso de métodos substitutivos.
O problema ético com a experimentação animal não é de lógica, mas de relevância
Senciência e ética 